terça-feira, 20 de novembro de 2012

procurando um porque?




Depois da noite acordo e tu ainda estas a meu lado
Grito por ti no meio da multidão
Procuro te e levo te comigo
Num abraço que não queria que acabasse
Despegas e sais porta fora com um sorriso maroto
Dias após dias minha noite tornou se mais escura e frias
Eu esperava mas tu nunca vinhas
Deitada na cama agarrava me a almofada
Imaginando te ao meu lado
Sonhando…
Mas aquela claridade da manha despertava-me
Eu não queria abrir os olhos
Porque saberia que não estavas la
Voltava me para o outro lado voltando a sonhar
Sentindo que naquelas noites faltava algo
Estavam incompletas
Passavam os dias e eu corria para te ver
Saberia que irias estar naquele local
Sem ânimo passavas por mim como se fosse apenas uma conhecida
Eu tentava e tentava que viesses ter comigo
Provocando sem o conseguir  
Acabando por desistir vou agora sozinha para casa
Olhando para o céu caminhando lentamente
E tentando não olhar para traz
Prendi me a mim mesma
Sem te poder ir ver
Sem te poder falar
Na masmorra do meu ser
Procurando obter respostas
Procurando esquecer
Procurando nem querer saber


א

domingo, 28 de outubro de 2012

dUvIdA


Uma força para não chorar
Essa mesma força para não sentir
Historias que teimam em se repetir
Enrolada em linhas que me prendem a um passado
Tento ganhar animo
Gastar a energia de me revoltar
Ocupar minha cabeça para não voltar a essas imagens
Sair por ai sem destino
Na companhia de uma música
Com apenas a luz da lua
Saltando entre as poças de água
Batendo os saltos como acto de raiva
Dançando ate não ter fim
Segurando essa impressão que me persegue
Não quero parar
Não posso voltar
Um receio de te encontrar de novo
De receber um oi teu
E eu sem resposta para te dar
Palavras que ficaram por dizer
Atitudes que não chegaram a acontecer
Então eu sonho
E deixo-me adormecer pensando no que poderia fazer
Nessa duvida que não se resolve 


א

sábado, 12 de maio de 2012

esperando....


De volta aquela varanda de onde vejo essa mesma lua
Esperando por uma mensagem
Por um toque
Por uma personagem avistada do fundo se dirigindo ate mim
Sem esperança de encontrar algo
Fecho os olhos mais de que uma vez voltando a olhar pa a lua que agora quase desaparece por entre as nuvens
Ouvindo sempre a mesma musica sem querendo mudar de faixa
Meus olhos desviam vezes sem conta para uma estrada vazia
Onde a única coisa que brilha são as luzes de uma cidade calma no meio da noite
Tentando não me deixar ir abaixo e voltar para os lençóis
Contando os minutos que na verdade já passaram 5 da ultima vez que olhei
E que saberia que me poderia ligar
Pode estar so um pouco atrasado
Mas porque estou eu de novo a fazer este joguinho comigo mesma
Fazendo me esperar
Fazendo me sentir saudades
Assustada por me já sentir assim
Talvez por conseguir uma segurança com ele que nem sei bem explicar
Não vendo a hora de sair desta varanda depois de o ter avistado correr para o elevador
Observando que esses 3 andares demoram a percorrer do que é normal
Chegando a porta de entrada e com uma enorme vontade de o abraçar
Engulo e digo um simples oi com aquele sorriso envergonhado
Essa possibilidade não passa de mais um filme
O meu relógio parou continuando nos 5 minutos que passavam
Mas logo olho de novo e afinal já passou tanto tempo sem nenhum sinal
Tanto tempo que aquela meia lua acabou por desaparecer
Tornando a noite monótona
Dando vontade de voltar para o sofá agarrar bem o cobertor
E continuar a ver aquela serie que me ajudou a esperar
Achando me louca por já me sentir assim
Olhando e olhando tanta vez
Fazendo me acreditar em mais uma fantasia criada por mim
Fazendo m ficar mais um pouco acordada para dar aquela chance
Repetindo para mim vezes e vezes sem conta não ele não vem
Não vai acontecer
Vendo carros passando parando por aí
Mas nenhum traz quem eu queria
Nos passeios so apenas casais que passeiam pela noite ou então mesmo pessoas sozinhas que me fazem despertar mas sem esperança
Esse céu que era o meu consolo desligou para mim também
Sem esperar mais nada vou ficando dando só a oportunidade a essa lua para voltar de novo

א





domingo, 29 de abril de 2012

alguém que me faça despertar


Olho mais uma vez o ecrã do meu telemóvel sem nada
Vejo pela minha varanda casais passando na rua
E eu la em cima sozinha olhando para a lua meia escondida 
Continuo recordando momentos antigos
Vou passando na rua de sapatinhos pisando as possas de agua
Olhando as montras vendo o meu reflexo
Uma rapariga que passa por mim ao telefone com aquele típico sorriso parvo
Aquele que perdi e deixei para traz
Entoando uma música bem baixo caminho sem destino
Procurando um lugar para me sentar e ficar um bocado
Tentando não olhar para casais que encontro
Tentando me autoconvencer que estou bem assim
Ouvindo historias malucas de amor olhando um bocadinho para mim
Imaginando como seria comigo
Entrar numa história louca de paixão
Esse vazio em que me encontro tem estado a dar cabo de mim
Mudo de faixa para uma música mais animada
Consigo encarar o ritmo dessa musica pensamentos mas agora das loucuras que passei com elas
Mas automaticamente essa musica muda para uma que não poderia tocar
Melancolia apodera-se novamente
Duas forças contrarias lutam
Uma que não me deixa cair levantando-me mantendo me sorri
Outra que me leva a pensamentos mais profundos que provocam uma vontade de me abraçar alguém
Aguentando firme sem chorar de novo
Mudo de música mas parece que todas as músicas estão contra mim
Sentido falta de um abraço onde me escondia- me protegendo de tudo
Saudade de olhar nos olhos e sentir uma enorme vontade de libertar um beijo profundo
De marcar cafés e sair de casa com o coração acelerado nervosa de o encontrar
Ficando sempre esperando uma mensagem de “eu adorot”
Preencher aquele vazio que depois de tantos ficou
Mas na verdade um pensamento de medo vem ao de cima
Um medo de voltar a acontecer o mesmo
Sentir aquele calor todo aquelas borboletas na barriga
Mas depois de um tempo esse calor esfriar  essas borboletas voarem
Apercebendo me que foi novamente um episódio de uma serie
Vendo agora no sofá filmes series comendo as típicas bolachinhas
Rio me das palhaçadas ficando carente por ver os tipos casais cheios de aventuras e sentimentos que nunca mais vivi
Desligo o pc tento finalmente adormecer
Sem mensagens de boa noite
Ou um corpo ao meu lado abraçado me e me aquecendo
Sinto que aquela cama esta maior
Agarrando as duas almofadas e me encolhendo enroscada nos cobertores
Imagino que esta faze vai passar
Sinto me estupida por estar assim
Por me sentir tao carente
Precisando de carinhos
As vezes um simples abraço seria  tudo que me fizesse  levantar de novo aquele sorriso
Sem ninguém a quem inventar historias
Sem ninguém com quem ir pensando
Sem ninguém que por um ola dessa pessoa me seria o suficiente
Vou ficando ... procurando
Ate agora sem encontrar ninguém que me desperte

א

terça-feira, 20 de março de 2012

Um SeR aSSiM




Uma rapariga com um sorrisinho que devolve as pessoas

Uma energia, uma animação

Uma forte vontade de dançar no meio da pista

De fazer porcaria

Preocupada com as pessoas deixando a sua dor para traz

Arranjando mil e uma maneiras para não deixar ninguém sozinho

Chorando por vezes com elas

Mas no seu mundinho esconde a sua dor

Recorrendo a alegria das outras pessoas

A um sorriso alheio

Guardando a dor só para ela

Mostrando se por vezes imune

Mostrando estar bem para não preocupar

Na verdade aquela miúda recarrega essa dor que suporta em gargalhadas

Em danças no meio da pista

Em pequenas traquinices

Ou num simples olhar para a lua

Querendo aproveitar ao máximo

Sem se importar com o que está a sentir

Vai sair vai divertir-se

Cuida de quem mais ama

Não pretende dividir a sua dor

Preferindo dividir apenas a sua felicidade

Partilhando a dor dos outros

Diminuindo a dor deles

Sem chorar vai engolindo

Vai sorrindo

Sem nunca procurando a solidão

Procurando sempre algo para se entreter

Sem deixar se cair na emoção da sua dor

Vai aguentando não fracassar

Aguenta firme

Pronta a ajudar

Acompanhar quem mais precisa

Larga tudo vai a correr para quem ela sabe que viria a correr também para ela

Guardando todos os momentos de magoa deitando ca para fora todos os momentos de parvoíce

Observando tudo a volta

Vai sentindo cada sentimento

Compreendendo cada expressão

Por vezes demonstrando que sabe outras apenas guarda para si

Honestamente ela não dá muita importância a sua dor

Essa para ela vai desaparecer

E sabe que tem de a combater

Pois pode haver pessoas que precisem de ajuda e tem de tar no seu melhor

Pode chorar de noite quando volta para a cama sozinha

Como uma criança que tem medo do escuro e de ficar sozinha

Agarrada aos cobertores adormece cansada de chorar

No dia seguinte acorda num sobressalto

Sem tempo para pensar no que se tinha passado

Corre de novo para agarrar o seu sorriso que lhe tinha escapado durante a noite


א

sábado, 17 de março de 2012

fOi-Se


Caminhando sozinha por essas ruas onde as lembranças me agarram

Por esses locais repletos de saudades

Olho para eles já nada me faz confusão

Já nada me faz chorar

Um passado que ficou

Virei a página

Mas sem rasgar continuei a escrever

São apenas memórias de uma fase que se foi

Olho-te nos olhos e nada me parece mais confuso

Aquele tempo longe de ti

Daqueles lugares

Fiquei hibernada no meu canto

E hoje sinto que renasci de novo

Sem mais magoa e raiva

Caminho descontraída sem dar importância

Apenas lembrando o que já fora

Convivo sem me engasgar

Falo num tom de voz diferente

Talvez mais fria

Não sonho mais

Naquela escuridão não lembro mais

Ficando imune a essa doença que me perseguia

Repleta de marcas pelo meu caminho

Fui embora por uma hora

Por um tempo que me curou

E ao voltar pedi ao tempo que me ajudasse

Sei que errei suportando essa dor como castigo

Sei agora que nada passou de uma ilusão de duas almas

Um conforto para nós

Talvez uma lição de vida que faltava no meu coração

Agora eu me pregunto o porque?

De tudo ter acontecido assim

Daquela maneira que hoje me é frustrante

Um início incerto com um final correcto


א