sábado, 30 de novembro de 2013

sEm FoRçA pArA vIvEr HoJe!







Acordando quando a manha já vai longe...
Ficando dando voltas na cama não querendo levantar...
Forçando os olhos para não se abrirem...
Retomando o sonho que acaba por desaparecer...
E no meio da agitação de pessoas já com meio dia feito,
Gargalhadas e conversas altas,
Olhares bem dispersos...
Sentada no sofá enrolada em mantas,
Comendo uma taça de cereais,
Sem vontade para soltar algum som,
Corpo imóvel, paralisado,
Com uma mente a milhas de distancia...
Ficando horas no mesmo local vendo contos de fadas...
Sem força para levantar,
Sem paciência de sair...
Isolada das pessoas de um mundo lá fora...
Querendo apenas que o tempo passe...
Parada no espaço e no tempo...
Minha cabeça ocupada com historias irreais...
Porque estou sem força para viver hoje!
Numa fase de hibernação...
Rodando apenas o corpo já dormente...
Sons vindos de um mundo a parte do meu...
Surda para vozes que me chamam...
Muda para perguntas que me fazem...
Meus pés gelados não sabem o que é tocar no chão hoje...
A mesma manta que me embrulho...
Tem sido a companheira deste dia...
Uma pequena sandes quando a fome aperta...
Sem horário...
Sem noção do ambiente...

Porque hoje acordei sem vontade para viver... 

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Vivendo de um sonho



Chegando com esperança de te ver...
Descendo as escadas bem devagar,
Respirando fundo uma ultima vez,
E quando termina,
Olhando em volta...
Ultrapassando a multidão...
Invisível para as pessoas que riem que continuam em frente...
Procurando por uma única voz,
Entre empurrões,
Numa luta de ultrapassar de te encontrar na confusão,
Ver a luz do teu sorriso iluminando o meu caminho,
Onde a musica que toca parece partir-me mais o coração,
Ao longo deste percurso,
E ao chegar ao fim,
Olhando para trás,
Sem saber onde estás,
Perde-se a esperança...
Sentada na esplanada,
Nesse gelo de um inverno,
Que congela as minhas lágrimas,
Transparente numa mesa abandonada,
Vejo as pessoas que saem e entram que passam dançando,
Em grupos de amigos que se divertem,
Em meu redor só cadeiras vazias...
Fecho os olhos por meros segundos,
E vejo te chegar,
Uns olhos enormes rodeando o ambiente,
Com um caminho que se abre na tua passagem,
Sorrindo, olhando para mim de lado,
Um caminhar lento, mas confiante...
Parado, no balcão pedes uma cerveja,
E sem para de olhar vens em minha direcção...
Envergonhada sorrio,
Vendo e chegar preenchendo uma cadeira,
Paralisada no tempo por um olhar que não quero despegar,
E num respirar profundo de um sorriso,
Abro os olhos e mais uma vez,
Vivendo de um sonho,

Parto mais um bocado do meu coração... 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

"Dreaming about the things that we could be"


Quando o frio chega...
Quando a escuridão se reúne...
Quando o vento começa a soprar mais forte...
Quando as pernas começam a fraquejar...
E os pensamentos surgem de um sonhar acordado...
Pequenas histórias inventadas por uma mente distante da realidade...
Um olhar das estrelas num céu gelado...
Um respirar que congela...
Procurando um pouco de calor...
Andando sem destino...
Sorrindo as vezes sem vontade só para parecer bem ...
Tentando ser simpática com uma voz fofinha,
Que por dentro tenta gritar...
Passando suavemente com delicadeza,
Partindo tudo por dentro...
Dando pontapés em folhas só para libertar essa frustração...
Ficando quieta olhando as luzes,
Querendo ficar no meio da confusão dançar ate a noite acabar...
Porque o verdadeiro demônio esta dentro de mim,
Que quer libertar-se...
Aprisionando esse ser para não te decepcionar...
Procurando ganhar um sorriso,
Sonhando com um abraço...
Olhando sem ou com intenção...
Olhares frios que perderam a confiança...
Tenho de para de sonhar acordada,
De sonhar com as coisas que poderiam acontecer,
Já não há esperança para esses sonhos...
Meu corpo querendo continuar  a andar,
Minha cabeça parada no tempo que não volta mais...
Ganhando esperanças onde toda a luz já se extinguiu...
Querendo te mostrar o eu sem o demônio que te apavorou...
Luta constante para ver mais uma vez aquele olhar,
Que hoje tenta não se cruzar com o meu,
Que hoje frio desvia cada vez que me vê,

Mesmo sabendo que é difícil não olhar... 

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