Feita em mil pedaços...
Cansada de estar assim,
Numa guerra constante...
Onde essa raiva te enfurece...
Libertas umas vulcão dentro de ti...
Capaz de dizer...
Capaz de magoar...
Mas sem nunca entender...
Que eu queria ter-te,
Mais perto de mim...
Sem dizer a verdade...
Gritas mentiras...
Sentes o contrário...
Sem admitir essa fraqueza...
Isolas-te, foges...
Crias um campo de batalha...
Onde só tu podes ganhar...
Numa frieza me falas...
Controlas a vontade de chorar...
Magoando quem só queria estar um pouco...
Falar ao teu colo...
Receber carinho...
Relembrar momentos...
Mas tens raiva de um trovão...
Fizeste de mim bocados de vidros espalhados pelo chão...
Onde me corto constantemente...
Onde choro porque não me queres...
Ou finges não creres...
Pergunto me se assim vale a pena...
Num chão negro,
Pedaços de mim...
Vidros com que me identifico...
Desejos que se desfizeram,
Em mil pedaços...
Se desse para juntar tudo de novo.
Reconstruir esse sonho...
Juntar perto de ti...
Reconstruir esse sentimento...
Que me prometeste!
E não cumpriste!
Ainda fico a espera...
Ainda sonho um dia...
Deixares essa fúria...
Deixar adormecer esse vulcão...
Falares de outra maneira...
Tentares compreender...
E deixares que te compreendam...
Não vou voltar a entrar nessa tempestade!
Ainda não sei como a acalmar...
Abranda-a...
Deixa me ficar!
אคષค