terça-feira, 29 de novembro de 2011

CaMinHaNdO lAdO a LaDo


Será que esta história irá ter um fim

Encontrar-me contigo

No meio daquelas brincadeiras

Cheirar o teu perfume que enlouquece

Sentir o teu sorriso a entrar por mim a dentro

Teu olhar que me invade

Teu abraço que me prende

Sem me fazer resistir

Essa luta que enfrento

Esses empurrões que me levam ainda mais perto de ti

As mordidelas que me destroem

Apertões que sufocam o meu choro

Arranhadelas que cravo na tua pele

Olhares que frente a frente se tocam no infinito

Calor de dois corpos gelados que se aquecem um ao outro

Onde ficam envolvidos num entrelaçar de braços profundo

Sem quererem despegar-se o vento vai passando o frio congelando

Beijos carinhosos que me fazem subir a vontade

De te levar comigo

De saber que te tinha comigo de novo

Ouvir mais um pouco a tua voz antes de partires

Sentir mais uma pancada no meu ombro

Golpes que me tiram os pés do chão

Rodopiando no ar mas sempre sem cair

Encontrões que te pregam a parede

Entre risos de gozo

Damos mais uma volta

Caminhando lado a lado

Pisando aquele chão molhado

Parando olhando para o céu

Pedindo mais um abraço

Como criança que necessita de carinho

Criança irrequieta brincando com tudo que encontra no chão

Chapinhando nas possas de água

Dançando pelo caminho

Ate ao fim daquela noite

Até que chegue a hora de dizer adeus

Prolongando só um pouco mais esse momento

Chega só um pouco mais perto de mim

Fica só mais um bocadinho

Esse abraço acompanhado pelo beijo chegou

Aqueles corpos separam-se desaparecendo

No nevoeiro daquela noite

א

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

dEsPeDiDa


Nessa chuva que me toca no rosto

Caminhando passo a passo

A despedida vai ficando mais perto

O caminho vai ficando mais curto

De mãos geladas vou te abraçando

Lágrimas que teimam em cair

Sonhos que se desfazem numa poça de agua

E ao virar da esquina

Chega o último abraço

Que naquela noite chuvosa se prende ao tempo

A vontade de ficar

A obrigação de te deixar

Uns olhares cruzados que não despegam

Dois corpos na chuva que não se largam

Uma despedida de uma noite

Tentando parar de chorar

Embora doa

As minhas mãos te largam

Engolindo em seco

Essa dor que me esgana

Sem sentir elas escorrem do teu olhar

Num soluçar profundo

Essa magoa que escorre quase sem esforço

De nariz com nariz

Lágrima com lágrima

Um adeus de um sonho real


א

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

UmA nOiTe AcOrDaDa




Um brilhinho do escuro

Um respirar quente dirigido para mim

Sem dormir

Olho-te sonhando

Tento virar te as costas

Mas num impulso para não chorar

Viro me para te abraçar

E tu adormecido não das conta que estou ali

Teus olhos serrados vais te virando

Dando voltas sem me tocar

Acaricio teus cabelos

Tento fechar os olhos

Mas nessa noite

Estava virada para passar toda a noite olhando t

Pensando num beijo teu

Sem nada receber

Apesar de estar contigo senti me sozinha naquele mar de lençóis

Esforcei para não chorar

Essas lágrimas teimosas que me arranham

Desliguei o relógio por umas horas para estar mais um pouco

Tentado envolver me no teu abraço

Mas essa noite estava vazia e escura

Chuva que batia forte

Vento que me cantava na janela

E eu de olhos abertos observava-te

Sonhando com um beijo teu naquela noite.


א

domingo, 6 de novembro de 2011

eNtRe A nOiTe E o DiA


Dois corpos deitados

Entrelaçados com a noite

Sentimentos que te prendem

Te obrigam a continuar

Sem saber como resistir

Vais avançando

Teus actos involuntários comandam

Tua energia libertada

Tocar no seu peito

Mordiscando a orelha

Puxando-te contra seu corpo

Brincando perto dos seus lábios

Provocando o beijo

Arranhando a barriga

Sentir o seu calor

Seu respirar no pescoço

Perfume que me deixa derretida

Num cruzar de pernas

Apoiando a cabeça em seu peito

Fechando os olhos

Adormecendo entre os seus braços

Que te agarram de noite

Ouvindo o seu bater do coração

Pedindo que aquela noite não tenha mais fim


א