sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

EsPeRaNdO...






Passamos parte do nosso tempo a espera
A espera do autocarro
Olhando a cada minuto para o relógio
A espera do passar das horas
A espera do fim de semana
Vendo os dias a passar
A espera da noite
Desesperando durante o dia
A espera para adormecer
Dando voltas na cama
A espera de o voltar a ver
Vendo o tempo a passar
Mas esse relógio está partido
Sufocando a cada segundo
Respirando fundo a cada hora que passa
Vendo cada por do sol
Criando suspiros a cada nascer do sol
Perdendo a noção do calendário
Dias após dias esperando
Por algo que nunca vem
Porque essa esperança inútil é mais forte
Sendo ela que nos destrói por dentro
Tentando enganar o tempo
Para se abstrair desse tic tac
Procurando destruir essas memorias
Que como veneno se espalham pelo corpo
Fazendo delirar inventando historias
Esperando que um dia me recomponha
Esperando encontrar uma cura
Antes que seja tarde de mais
Contando o tempo de vida
Esperando que passe
Porque na verdade o tempo cura tudo
Mas é esse tempo que me mata na verdade
Vou apenas desligar a minha alma
Vivendo adormecida

Esperando que alguém me consiga acordar. 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

QuAnDo Tu PeRdEs


Olhando para uma garrafa de cerveja já vazia,
Numa esplanada sem ninguém,
Ouvindo uma musica que tu danças-te... 
Só dás conta do que tinhas quando o perdes...
Só sentes saudade quando olhas para trás...
Num fechar de olhos tu reconheces a sua face,
Que vai permanecendo nos teus sonhos...
O mesmo sentimento de vazio,
Instala-se quando olhas para o céu escuro...
E o passado já lá vai,
Não há maneira de voltar a trás, 
Não há maneira de remendar,
Dar tempo ao tempo é tudo que resta,
Porque o tempo cura tudo pelo menos é o que dizem...
E esperando esses dias passarem,
Vendo o fim cada vez mais próximo,
Sem uma luz que surja nesta escuridão...
Tendo esperança que esse inferno acabe,
Que essas feridas abertas acabem por sarar...
E de ganhar forças numa noite onde possa voltar ao que fui,
Dançando sem vergonha no meio da pista contigo,
Sentindo a musica como senti naquele passado encoberto...
Porque fui eu que quebrei o ritmo,
Devia ter mergulhado quando assustada atirei em ti,
Ferindo dois corações num tiro só...
Porque só percebes os teus erros quando os fazes...
Só te apercebes dos teus medos quando existas...
E o inconsistente ganha e tu perdes...