Num abrir de olhos,
Uma sombra que te torna mais nítida...
Querer lhe tocar,
Querer lhe falar baixinho...
Ficar envolvida num manto,
Fecha os olhos para tentar dormir...
Num abrir de olhos,
Uma luz que lhe atravessa o rosto,
Clarifica-lhe a sombra,
De um corpo pesado e imóvel,
Uma expressão calma relaxada envolvida num sono...
A insónia que se poderá de mim,
Quero fechar os olhos e deixar-me levar pelo cansaço...
Inquieta tentando resistir,
Lábios perfeitos,
Serrados pelo silêncio da noite...
Um revirar de corpos,
Um respirar profundo que sinto na cara...
Meus batimentos acelerados,
Ao sentir a tua presença...
Viro as costas sem nunca me afastar de ti,
E nessa pouca distância,
Naquela noite que me sufoca...
As horas passam,
E aqueles corpos continuam estagnados...
Tão perto de ti m
as tão longe de te poder tocar!