domingo, 30 de junho de 2013

SoLdAdO fErIdO









Os tiros no ar,
A fumaça que se espalha
O cheiro a pólvora que tento não respirar,
Chegou!!
Um início de uma guerra...
Enfraquecendo meu coração,
Cortando o ar tentando me sufocar...
Aperto na garganta,
Olhos ardem, 
Minhas unhas cravadas nos braços, 
Dentes serrados... 
Como toxina,
Como veneno, 
Aquelas palavras chegaram, 
Num som constante, 
Envolvido num silêncio medonho... 
Sem conseguir responder,
Quieta no meu canto, 
Ouvindo os canhões, 
Vendo o movimento dos soldados, 
Tentando suportar... 
Ferido sem me conseguir mexer, 
Tentando sempre ficar de pé... 
Protegendo-o, 
Desses sons, 
Dessa guerra... 
Querendo dar lhe a mão, 
Querendo limpar lhe as lágrimas, 
Querendo apenas não chorar na sua frente, 
Mostrando força.... 
Mas sem colete anti-balas,
Sem nenhum escudo, 
Deixei me cair... 
Apanhada de surpresa, 
Só me restava proteger, 
Sem oportunidade de atacar,
Defendendo meus pensamentos...
Mantendo o contacto visual... 
Essa guerra desfez-se no meio do medonho silêncio da noite...
Onde só se ouvia um leve soluçar, 
Um caminhar entre os destroços,
De uma guerra que ainda não teve fim...


אคષค

domingo, 23 de junho de 2013

DoN’t SaY tHoSe WoRdS....




Receio das palavras que virão...

Receio de cair...

De resultados que podem sair... 

De consequências que podem surgir...

Não quero ouvir de novo essas palavras!

Não quero sentir de novo aquele aperto na garganta...

E as lágrimas começarem a escorrer sem esforço... 

Sem força, vou cair no chão...
 
Destroçada e perdida...

Numa noite que não vai ter fim!

Tentando prolongar essa dor...

Mas o fim está cada vez mais próximo! 

Ver aquelas faces, 

Aqueles olhares, 

Que vou ter de enfrentar... 

Um medo do amanhã... 
 
Da escuridão desse dia...

Ouvir a tua voz a distância... 


Compreendendo que está cada vez mais próximo... 

Aguentando a pressão mais um bocado...

Continuando firme! 

Respirando devagar, 

Numa tempestade...

Adormecendo ao som dos trovoes... 

Sustendo a vontade de fugir... 

Atenta a cada gesto, 

Só para saber se a guerra já começou...

Revestindo a minha alma a essas palavras,

Porque não quero cair, 

Ser o soldado de resgate, 

Que suporta a dor só para não te deixar cair...


א

sexta-feira, 7 de junho de 2013

De Novo…



As mesmas luzes,
Numa noite igual as outras,
Agora vazia…
O mesmo vazio que se instala…
O mesmo olhar para o horizonte …
O mesmo aperto no peito …
A mesma raiva indefinida …
O mesmo sentimento…
A mesma dúvida…
De novo…
Tudo de novo!
Sonhos que se repetem…
Frieza que vem ao de cima…
Lágrima que luta com o sorriso…
A mesma conversa…
A mesma solidão…
Nesta mesma cidade silenciosa.
Desenhando traços sem sentido,
Escrevendo palavras sem significado,
Ouvindo uma música sem letra…
Um suspiro no escuro,
Um soluçar envergonhado,
Vontade de fechar os olhos sem conseguir…
O medo de um amanha…
Incerteza do pensamento,
De novo…

Tudo de novo!


א